sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Entrevista com Coletivo All Music


Primeiro quero pedir desculpas à vocês, DEMÔNIAS que me leem (maldita acentuação gráfica) diariamente, estou com sérios problemas técnicos,enquanto não atualizo meu filho, mas deixo aqui um presente, duas entrevistas:
*A primeira com o Coletivo All Music e a segunda com Lúcio Ribeiro; deleitem-se.

Entrevista com o Coletivo All Music:


AFG - Que "dificuldades" tiveram pra que ocorresse a primeira edição?

Alternate Feeling - As mesmas que temos ainda hoje. Moramos numa cidade fantasma. Os donos das casas noturnas e bares não têm a capacidade de ir ali em Curitiba ver o que está acontecendo. Muitos deles nem acesso à Internet tem. Ora, como é possível falar de coisas que estão acontecendo no mundo com pessoas que, teoricamente, ignoram o acesso às informações? FIZEMOS DE GRAÇA. Toda portaria foi da casa, nem água eles nos deram, pagamos tudo do bolso. Resultado, a festa bombou, casa cheia, toda bebida do bar foi vendida. Foi um sucesso, tanto que o projeto existe até hoje e é respeitado pela seriedade.

AFG - Quanto à adesão de novos membros e o desempenho deles?

Alternate Feeling - Bom, isso depende muito de cada um. O Coletivo foi formado por três amigos que queriam apenas mudar algo, somar, mostrar os sons que faziam as suas cabeças, se divertir e reunir mais alguns amigos para se divertir também. O dinheiro ou o sucesso nunca foram o nosso objetivo principal, se fosse não estaríamos com o projeto consolidado até hoje. O Coletivo, na sua essência, ainda é os três brothers. Os convidados, o público, que é o mais importante, sempre farão parte do projeto de forma indireta, mas as decisões, as correrias e a esquentação da cabeça sempre serão de responsabilidade dos três: DJ Guedezz (Rafael Guedes), Fábio Old’s Cool e Alternate Feeling (Eu mesmo, Emmanuel Furtado). Recentemente convidamos a Fernanda (Fergath) para se juntar ao Coletivo como DJ, mas é como que uma “agregada”. Ela tem bom gosto musical e gosta do que faz. Já esta com a gente há umas três edições. O Maycon, que fazia a Galeria da Fama, deserdou e foi desbravar novas terras na Nova Zelândia, passando o cargo para a Gabi Rezendi, que fez um ótimo trabalho na festa Kitinete. Elion de Limón, nosso mascote e DJ mirim, está oficialmente no cast de DJs do Coletivo.

AFG - O que diriam sobre os convidados especiais que já passaram pelas festas?

Alternate Feeling – São todos nossos amigos e que, de certa forma, desenvolvem algum trabalho parecido pela musica alternativa.

AFG - E os que ainda vão passar?

Alternate Feeling - Temos grandes nomes cotados para o ano de 2009, vamos aguardar que teremos novidades.

AFG - O que vocês esperam pra um futuro próximo?

Alternate Feeling - Que o público continue se divertindo cada vez mais. Só isso.


AFG - E o que diriam sobre algumas festas “rivais”?

Guedezz – Quando houver alguma festa “rival”, você faça o favor de me avisar. O Coletivo All Music, em Ponta Grossa, tem feito um trabalho sem precedentes com relação ao que existe no momento, ao que veio antes e talvez até com relação ao que virá depois. Para quem gosta de música verdadeiramente alternativa, está ligado nas tendências, no lance recombinante da música pop e possui uma cabeça sem bitolas, as festas do Coletivo são um oásis. O que houve, aqui e ali, foram apenas tentativas esporádicas de macaquear a fórmula vencedora do Coletivo, por parte de certos sujeitos. Tenho certeza que o Coletivo não pretende monopolizar a noite - pelo contrário, concorrência só ajuda a selecionar os mais fortes -, mas por enquanto é isso.

AFG – Entre vocês, você nota alguma evolução nos seus DJ-sets?

Guedezz – Eu parei de discotecar, portanto não posso falar de mim - aliás, hoje minha função no Coletivo, se é que tenho alguma, é apenas dar pitacos. O Emmanuel, como Alternate Feeling, é um dos melhores DJs que conheço, evoluiu assombrosamente na técnica. É um pesquisador obsessivo, sempre está me mostrando alguma coisa nova, sendo que algumas pessoas acham que é o contrário. Não é à toa que está alongando seus tentáculos para outras cidades do estado, geralmente com um case mais antenado do que os dos anfitriões que o convidam. E o Fabião compensa qualquer preguiça de repertório com a performance mais contagiante de todas. E poucas, pouquíssimas pessoas sabem tanto quanto ele sobre os anos 80 e 90.

AFG – De quem foi a idéia de montar o Coletivo?

Guedezz – O Coletivo, em si, surgiu entre eu e o Emmanuel. Ele já fazia umas festas mais ligadas ao rock alternativo e certa vez me convidou pra discotecar com ele, mais o Fábio, que já era parceiro dele. Lembro que, juntos, definimos o nome da festa como “All Music”, porque queríamos algo que representasse bem isso, uma pluralidade de estilos de música, desde que pautada pelo bom gosto e pela pesquisa. Mas o nascimento do termo e da noção de Coletivo é meio foda de precisar. O Emmanuel diz que eu coloquei uma vez no meu MSN, a título de divulgação, mas eu acho que, como eu era o responsável pelos releases da festa, acabei tacando o “Coletivo All Music” em algum texto. Seja como for, a idéia era que Eu, Emmanuel e Fábio funcionássemos como um núcleo sempre fixo, recebendo os convidados. A idéia de “coletivo”, que o Emmanuel muito bem usa até hoje, era justamente essa: ir revezando apenas os elementos transitórios, trazendo novas personalidades, novos artistas, novos estilos de música.

AFG – O que vocês esperam para um futuro próximo?

Guedezz – Que a Internet não morra. Que só morram os roqueiros.

Beijos.

Nenhum comentário: